quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

branco cor da escuridão


















e fez-se luz, no primeiro dia, dias se seguiram e

sem mais cavernas para nos afagar os medos, empurraram-nos torre acima para lá no alto contemplar esclarecimento, …oh meu deus, torrado e calcinado de tanta luz nestes ossos que sentem, nesta carne que fala, acho que apanhei demasiada luz na moleirinha. Lá em cima ao esturreiro, sempre lá em cima, demasiado acima, cai aos trambolhões cornucópia abaixo até na cave pintar novamente pensamentos nas paredes da consciência. Ai, de rupestre visão não mais vi torre, apenas tonalidades mensuráveis e consumíveis. Reescrevi então o meu pergaminho, com um gemido nasci e com um silêncio morri. Do preto acordei no branco vivi para o preto voltarei. Na química das cores, o branco tem em si todas as cores primárias e todas elas reflecte, encadeia-nos de tons, esturra-nos o pensamento e por conseguinte o sentir. Já o preto, todas as cores absorve e não reflecte nenhuma, é um orgasmo pleno de silêncio esclarecedor.

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