quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Oceanos de vidro tesão

















Vagas de cristal refinado em caldeiras vulcânicas de pulsões submersas.
Podia ser um eloquente nome de um qualquer almanaque de introdução a uma qualquer receita psicanalista para um qualquer artigo de analogias entre o baço e o mais cristalino vidro na refinação do mesmo. Assim, se por vezes fico mais baço é devido ao arrefecimento tosco. A forja das pulsões foi abafada abruptamente. Já de cristal Ser, apenas reconheço o quebradiço estado de deslumbre. Ui e esse pénis que bombeia cerâmica, um combinado de argila, que agiliza o molde do mineral-Ser que projectas querer moldar. Maleável na criação, enrijecido na maturação é o pénis/carácter Homem nas mãos delas, das oleiras sereias das profundezas vulcânicas.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Filhos da angústia

















Filhos do tédio embriagam-se de rock e rollan dias fora até ser noite infinita de cais em cais, e cais de vez. Atracar em sodré, de pé se possível ou nas mãos acolhedoras de colchões gastos, moldados ao corpo encarquilhado de tempos decepados de pensar, esse verbo que dói. Estes novos marinheiros do vago só conhecem o trago sentido da descida, de um placebo, de um victan, de um copo, de um corpo, de um percalço e no enlaço de um hedonismo laçam ancoras de perversidade para se manterem em terra. O mar deixou de ondular e o medo de ter medo do próprio Medo é sísmico o suficiente para em terra vomitar abismos.