terça-feira, 13 de maio de 2014

Homo - Diamante (HR Giger)






















Nunca gostei do teu traço, da tua imagética, via-te como um freak grotesco que chocava pela estética pornográfica, mas cedo vi nos teus desenhos o Futuro que assombra meus pensamentos. Continuo a não gostar da tua estética e muito menos dos pensamentos que criaste em mim, por isso te respeito imenso. O teu legado é permitir-me perceber e lutar para que nunca seja legado para lá da obra. Criaste em mim a noção do Homo-Diamante que tanto abomino como idolatro, essa necessidade intrínseca no Ser-Humano de materialização da eternidade hedonista. O dito processo cientifico-ò-evolutivo da medusa, estrela do mar, reptiliano, australopiteco, habilis, sapiens-sapiens.  Cidades-Indivíduos com memória assente na cadeia genética de toda a humanidade que regozija, agora, orgasticamente de prazer constante num planeta morto. A Meta-Ciência como fim indestrutível da redundância angustiante que é/era a Morte. Já não há morte, apenas circuitos fixos de upload e download de orgasmos constantes num sistema fechado à vida decadente do erro e dessa efemeridade erradicada, a MORTE. Por isso digo, e venha a nós a morte para que a vida continue, algures, aqui e ali para onde agora foste. Que a tua existência viva agora e plena nos planos mais claros que jamais serão pintados.  

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