quinta-feira, 27 de março de 2014

conquistar o monte de Vénus





















Avante camarada, até lá cima espetar profundamente a bandeira para que essa terra grite de pertença. Depois de conquistada há que a ir regando de sangue e sémen para que as primaveras desabrochem nessa cinza de morte plantada. Mas amigo, depois de tantas batalhas suadas em armaduras de aço comandadas à força de uma tesão, nada mais haverá a escalar, de tantos Everestes conquistados nenhum será suficientemente gostoso e alto, a queda para nós homens será sempre eterna, podes deitar-te sempre nos vales de mamas e aromas que te adormecem mas a inquietação será a tua cruz. Há salvação sim, mas não te a conseguirei escrever por signos linguísticos, terás que treinar o silêncio. Mas olha à tua volta, conhece e olha a Mulher, a tua mãe, a tua amiga, ela há muito soube que na degustação da maça é que está o estalo, a filosofia é coisa de pilas que fantasiam cumes. As mulheres estão sempre prontas para o próximo orgasmo cósmico, porque não foram programadas para cair no abismo ejaculativo pois não há cumes a conquistar, apenas eternos retornos de corações e clitóris afagar.

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