10 Mandamentos
românticos:
1º somos contra a
caridade, o altruísmo bacoco, defendemos o amor na sua base mais insustentável
e violenta, o desejo de não desejar, o desejo de voltar a desejar e o desejo
que o verbo desejar nunca desapareça do léxico romântico.
2º morrer de amor se assim for o traço
3º jamais erguer a cabeça a cima dos ombros altivos numa postura de conforto e/ou confronto com a dor, ela ao surgir deve ser imperativamente rainha
4º reconhecer e distinguir a fonte da dor, da pura frustração egocêntrica, apenas a primeira poderá dar azo ao 2º mandamento
5º mingar sobre a dor até que seu amparo nos ampare o sereno sono
6º sair à rua passear a dor, até que se desfaça em favos de mel, doces e podres pedaços temporais
7º todos os dias ao levantar escolher qual o favo a meter à boca, engolir e silenciar opinadores externos, esses saqueadores da vontade mais cruel e sincera do peito, apenas pegar naquele que o peito ditar e sair degustando.
8º lamentar todos os amores desta e das outras mil vidas não vividas, desperdiçadas no medo, na hipocrisia da falsidade gratuita. Somos a favor do hedonismo partilhado, mas ferozmente contra os jogos de gratuitidade medíocre, de silêncios interpretativos e de fugas e carapaças de defesa individual, não pervertam um romântico se é para o desprezar em cómodos silêncios de cinismo, o amor quer-se rijo, concreto como um pénis/carimbo erecto antes de o credibilizar.
9º todos os românticos devem possuir dois grandes amores numa vida, aquele que já viveram e aquele que nunca viverão, tendo plena consciência que nunca lhes restará nenhum deles
10º todo o verdadeiro romântico acaba por ter em si uma dose de misticismo onde se debruça sobre oráculos de sentimentos sinestésicos. A congruência do amor existe tão negra como o cosmos, pintalgado por certezas estrelas, cacos primitivos da primeira Grande-Orgia.
2º morrer de amor se assim for o traço
3º jamais erguer a cabeça a cima dos ombros altivos numa postura de conforto e/ou confronto com a dor, ela ao surgir deve ser imperativamente rainha
4º reconhecer e distinguir a fonte da dor, da pura frustração egocêntrica, apenas a primeira poderá dar azo ao 2º mandamento
5º mingar sobre a dor até que seu amparo nos ampare o sereno sono
6º sair à rua passear a dor, até que se desfaça em favos de mel, doces e podres pedaços temporais
7º todos os dias ao levantar escolher qual o favo a meter à boca, engolir e silenciar opinadores externos, esses saqueadores da vontade mais cruel e sincera do peito, apenas pegar naquele que o peito ditar e sair degustando.
8º lamentar todos os amores desta e das outras mil vidas não vividas, desperdiçadas no medo, na hipocrisia da falsidade gratuita. Somos a favor do hedonismo partilhado, mas ferozmente contra os jogos de gratuitidade medíocre, de silêncios interpretativos e de fugas e carapaças de defesa individual, não pervertam um romântico se é para o desprezar em cómodos silêncios de cinismo, o amor quer-se rijo, concreto como um pénis/carimbo erecto antes de o credibilizar.
9º todos os românticos devem possuir dois grandes amores numa vida, aquele que já viveram e aquele que nunca viverão, tendo plena consciência que nunca lhes restará nenhum deles
10º todo o verdadeiro romântico acaba por ter em si uma dose de misticismo onde se debruça sobre oráculos de sentimentos sinestésicos. A congruência do amor existe tão negra como o cosmos, pintalgado por certezas estrelas, cacos primitivos da primeira Grande-Orgia.
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