segunda-feira, 25 de abril de 2011
nauseante sobriedade
Toda a aura decadente sempre me inspirou. Não tanto de um cabedal remendado, mais de um Bukowski adulterado, contudo por mais que me esforce estou condenado à sobriedade. Gostava de perceber as letras das músicas, mas apenas lhe sinto o tom, gostava de beber até cair, mas caio sempre ainda nem bebi até ao fim. Como invejo aqueles que bebem até perder a consciência, que bebem até se esquecer que estão a beber, que bebem e ficam verdadeiramente ébrios, enublados no sentir. Se por momentos fico mais aparvalhado - não bêbado - é porque o inconsciente está benevolente para com o consciente. Se ainda ou menos pudesse trocar as pernas trôpegas pela alma, se aquela dormência sortisse efeito nem que fosse em doses ínfimas. Quero-me foder todo e não consigo e “na vertigem existe adrenalina com sabor ansioso a náusea”.
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