pensa,…amanha estás morto teus sonhos
morrerão primeiro que o teu corpo, vais-te agarrar ao concretismo para nessa
agustia sobreviveres até lá. Assim das duas três, evitar refletir, olhar para o
lado assobiando, delinear uma agenda preenchidíssima para assim o tempo passar depressa
e despertarmos para tal já falecidos. Isso, ou abrir o peito ao medo. Profanar
todas as ideias e esperanças pré-definidas. Manter a mente clara e iluminada
que já pertencemos ao passado tal como nossos antepassados e o mundo vindouro, que
está na barriga deste, gritando por pariu, só depois de descermos até à cave do
medo mais profundo, haverá esperança que nasça e grite de saúde por uma
consciência maior. Dilatar, respirar, procurar na ambivalência beijar a flor e
o espinho com mesmo carinho, membros do mesmo corpo é também desenhado o corpo
biológico/espiritual do agora. Serei o teu melhor amigo que te esquecerá tal
como o wikipédia quando morreres. Não penses num mundo melhor, ninguém se lembrará
de ti daqui a 100 anos. Evita lutar, pois cria inércia, taquicardias e ficas
mais feio. Despe o pensamento do ter que deixar testamento, património material
ou imaterial, filhos educados, livros esclarecidos, entidades certificadas,
empresas no psi20, ideologias de bandeiras, brincos de ouro, obra artística,
nada, nada a deixar. Tudo que deixares no sangue materialista deste mundo se
evaporará no ar com o Tempo. Faz parir o pavor em ti que te estremeça ao ponto
de abalar apenas a noção disto, pois a acção está em curso há milénios.