Aprofundar é também asfixiar, asfixiar é poluir o ar com significado vil. No princípio era o verbo, gemido primordial sem prefixos e outros crucifixos. Quem longo mergulha acaba por sempre alcançar mais fundo, neste fundo sem fim no fim do mundo só a quietude não consume oxigénio lexical. Porquê então o desejo de mergulhar? porque há esperança no submergir erecto no leito do mar que nos devora a curiosidade e a vitalidade, até lá bem nas profundezas do limiar da vida existem os Everestes invertidos da esperança.
domingo, 20 de setembro de 2015
apneia vil
Aprofundar é também asfixiar, asfixiar é poluir o ar com significado vil. No princípio era o verbo, gemido primordial sem prefixos e outros crucifixos. Quem longo mergulha acaba por sempre alcançar mais fundo, neste fundo sem fim no fim do mundo só a quietude não consume oxigénio lexical. Porquê então o desejo de mergulhar? porque há esperança no submergir erecto no leito do mar que nos devora a curiosidade e a vitalidade, até lá bem nas profundezas do limiar da vida existem os Everestes invertidos da esperança.
quarta-feira, 1 de julho de 2015
Senhores de fraque, fracos de piça
Sinto-me rico em austeridade, essa palavra
de autoridade, desses senhores
de fraque de piça nó de gravata.
De tanto cortar, cortar, cortar, fizeram de mim gourment de Pessoa
fino, fatiado, e recheado de nada.
... Dinheiro manteiga em torradas esperanças não mais assustam mendigos migalhas,
tiros e facadas na cara, balas alojadas em mentes aplanadas, fotos, sapatos,
unhas rasgadas, beijos tremules em pernas firmes de incertezas danadas.
terça-feira, 24 de março de 2015
jaz sereno em vida para que longa seja a morte
Nunca
temas a morte, pensa todos os dias nela e abraça-a à noite com um sorriso de
boa noite, nunca morrerás efectivamente se tiveres com consciência dela, a
consciência é eterna. Dilui o pavor nessa mentalização, agora e já, treina-te
em vida para viveres o pós vida. Apenas quando morreres realmente despertarás
para tal, como despertaste para a vida terrena quando abriste os olhos pela
primeira vez e sacudiste um choro. Foste tu que escolheste os teus país para a
este mundo voltares, para continuares o ciclo da memoria/dor terrena, mais
atenuada ou aguçada, esse karma foi escolha tua, tua função última neste corpo
herdado, será em ciclos de escolha de vida e morte de regresso a este Mundo,
harmonizares, até a uma fase que da morte não tenhas mais que regressar a este
plano, e consigas para longe de quimeras ou paraísos prometidos penetrares a
supra-consciência dos inícios, que eternamente se estão a verbalizar em
vórtices expansivos.
Assim sendo, toca o teu melhor clarim, assobia
baixinho com compaixão e sabedoria na fronte e sem cegares em chamamentos
hedonistas ou de temor, treina o silêncio nesta vida terrena. A vida não é mais
que uma oportunidade dada ao teu corpo de se libertar de vez de tanto ruido
acumulado em forma de gente e genes. Nada temas e na jornada pós-vida, nos
primeiros 2 meses que durará a viagem escolhe a duvida e salta sereno para o
abismo, não voltes cá, não fujas, nada temas aos julgamentos e figuras
aterradoras que enfrentarás, por vezes petrificado outras maravilhado, confuso, com ânsia de voltares a escolher uma nova família terrena para para te redimires
num novo corpo, diz não no processo. Interrompe o teu Karma espiritual e
terreno, segue sereno, e quebra o ciclo karmico deste plano.
Torna-te matéria primordial sem memoria e jaz sereno num novo big-bang que iniciaste. (Pedro Tiago 26.12.2014)
Torna-te matéria primordial sem memoria e jaz sereno num novo big-bang que iniciaste. (Pedro Tiago 26.12.2014)
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